Muitas pesquisas sobre medicações para autismo estão sendo feitas, atualmente as pesquisas tem-se debruçado em relacionar estruturas genéticas com princípios farmacológicos. Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte tem relacionado as modificações genéticas existentes no Autismo com a severidade de sua apresentação clínica e médica tentando assim desenvolver medicações mais personalizadas. Estes achados estão disponíveis no periódico Cell.
Estas pesquisas e estes achados tem sido apoiados por várias instituições de renome nos EUA como o NIH (equivalente ao Ministério da Saúde de lá) e fundações para o estudo de doenças genéticas, como a da Síndrome de Angelman.
O neurobiólogo Mark Zylka e sua equipe demonstraram que um gene específico ligado ao Autismo, quando modificado, interfere na ação de uma enzima importante, a UBE3A, removendo uma molécula desta a base de fosfato. Esta, portanto, perde o controle de sua atividade e desestabiliza a regulação de mecanismos importantes para o desenvolvimento da funcionalidade cerebral.
Esta alteração faz com que a UBE3A fique hiper-excitada e descontrolada direcionando o desenvolvimento cerebral para um estado autístico.
Tal estudo foi realizado em linhagens de células humanas e em modelos de células de ratos.
QUAL O IMPACTO DESTA DESCOBERTA NO TRATAMENTO DO TEA ????
Bem, neste contexto, os pesquisadores identificaram a proteína que interliga o fosfato ao UBE3A: a proteína Quinase A ou o PKA. Este achado tem implicações no tratamento porque existem várias medicações que podem aumentar ou diminuir a PKA no corpo.
Tais medicações para autismo estão implicadas no tratamento de síndromes que estão relacionadas ao Autismo, especialmente naquelas condições que levam a epilepsia e severos comprometimentos físicos e intelectuais.
Estes pesquisadores acham que podem, ao manipular o PKA, neutralizar a enzima UBE3A nestes pacientes e restaurar os seus níveis de normalidade no cérebro podendo implicar numa modificação do comportamento autístico.
Uma destas drogas, o rolipram – que já foi utilizada para depressão mas abandonado devido aos efeitos colaterais – pode ser , assim, em doses menores e seguras, ser utilizada para este fim.
A identificação de populações definidas geneticamente correlacionando as mutações com o perfil de seu tipo de autismo pode ser um primeiro grande passo para acertar o alvo do cerne do problema por meio de terapias farmacológicas mais específicas. Isto proporciona uma maior especificidade no tratamento e grandes possibilidades de sucesso ao neutralizar o que deve realmente ser neutralizado e melhorar os sintomas do autismo daquela determinada criança.
É sempre bom lembrar que todos os dados aqui apresentados estão em fase de testes e pesquisas.
parte da página da Neuro Saber.
(http://entendendoautismo.com.br/artigos/medicacoes-para-autismo-podem-atuar-em-genes-especificos-que-estao-relacionados-com-subtipos-de-tea/)
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