sábado, 2 de janeiro de 2016

Dificuldades e Distúrbio de Aprendizagem, aprendendo a diferenciar!

Tirando suas dúvidas sobre Microcefalia

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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Entendendo mais sobre a Síndrome de Asperger

Embora os portadores dessa patologia apresentem características bem próprias assim como limitações no que diz respeito ao aspecto social e interativo também é preciso ressaltar que são, normalmente, portadores uma inteligência acima da média além de criatividade. Mesmo assim é de extrema importância que a família assimile adequadamente qual é o seu papel na formação de uma criança portadora da Síndrome de Asperger pois somente assim será assisti-la da maneira correta e da forma ideal. Entendendo o seu papel a família poderá mais facilmente auxiliar a criança, provendo segurança e compreendo quais são as angústias, os medos, as necessidades e todos os demais fatores que influenciam diretamente sobre o modo muito particular com que agem os portadores da síndrome. Vale lembrar ainda que por mais que durante anos a SA tenha sido muito comparada e associada ao autismo clássico, existem estudos que as diferenciam principalmente nos aspectos referentes à comunicação, linguagem e também na interação social. Essa diferença de características quando comparado com o autismo clássico então é o que leva com que muitas famílias tenham dificuldade na identificação dos sintomas e daí então a demora de procurar um profissional para o diagnóstico. Obviamente que não é uma tarefa fácil enfrentar todas as dificuldades resultantes da criação de uma criança com a Síndrome de Asperger mas certamente as barreiras podem ser diminuídas e  as distâncias encurtadas com trabalho, carinho e dedicação, sem falar nos profissionais capacitados. O mais importante que a família de um portador dessa patologia deve saber é que é interessante para a criança que os seus relacionamentos sejam sempre estabelecidos de uma maneira mais natural. Para isso a sociedade, a família e a escola devem trabalhar em conjunto incluindo, respeitando e aceitando o portador da Síndrome de Asperger no convívio social e nas atividades diárias, garantindo os seus direitos. Importante lembrar que um desses direitos, que por sinal é inalienável e igualitário, é o direito à educação, assegurado pela nossa constituição sendo dever da escola adaptar-se para receber essa criança ou qualquer outra com qualquer outro tipo de deficiência. Por fim cabe dizer que é essencial para que a criança portadora da Síndrome de Asperger ter o diagnostico o mais precocemente possível para se desenvolver plenamente com o auxílio da família em integração com a escola e profissionais da saúde. Espero que esse material tenha sido de grande ajuda para você e tenha conseguido responder suas dúvidas e anseios. Até a próxima!

(http://entendendo-autismo.novo.tmp.br/wp-content/uploads/2015/09/TUDO-SOBRE-A-SA.pdf)
O Diagnóstico da Síndrome de Asperger

Algo que é muito importante de ser dito é que os sintomas dessa síndrome podem aparecer já nos primeiros anos de vida de uma criança por isso é preciso atenção desde a mais tenra idade. Entretanto isso não quer dizer que essa é uma síndrome que pode ser facilmente identificada por que muitos desses sintomas acabam sendo ignorados pelos pais ou não sendo considerados como algo negativo, principalmente quando se manifestam com uma intensidade moderada. Além disso os portadores da patologia tentem a funcionar muito bem em grande parte dos aspectos da vida e certos sintomas acabam sendo considerados apenas como atitudes estranhas sem maior importância ou sem consequências. Esse é um dos motivos que leva ao fato de que a grande parte dos diagnósticos é feita em crianças já com idade pré-escolar devido à dificuldade de socialização apresentada nessa etapa do desenvolvimento infantil. A dificuldade de socializar é considerada como uma das caraterísticas mais significativas desse distúrbio e também a que, normalmente, se manifesta com maior intensidade, em conjunto com a falta de interesse em tudo o que estiver relacionado a esse foco de atenção. Os fenômenos relacionados a alta irritabilidade, depressão ou mesmo ansiedade então são os fatores que mais chamam a tenção dos pais juntamente com a falta de habilidade no que diz respeito ao comportamento social.
O mais comum é que os primeiros problemas sejam observados pelos pediatras que encaminham a criança a médicos especializados para um diagnóstico mais preciso e profundo da situação. A principal forma de diagnóstico para a síndrome se dá através da aplicação testes neuropsicológicos realizados através da proposição de tarefas. Assim é possível observar e avaliar aspectos do comportamento da criança, bem como aspectos cognitivos como memória, atenção e sociabilidade. A maior barreira no diagnóstico dessa síndrome, entretanto, é que ainda não há uma uniformidade na abordagem diagnóstica da síndrome no Brasil. Isso por que ferramentas como a ADOS e a AD (questionários com as crianças e com os pais, respectivamente), que são técnicas convencionais nos EUA e Europa, ainda não foram validadas em nosso país. Outro ponto diagnóstico importante é que quem tem essa síndrome apresenta alteração em testes que buscam o reconhecimento de emoções e também nos que avaliam a capacidade de entender o que os outros estão pensando. Em outras palavras pode-se dizer que os portadores dessa patologia possuem uma grande dificuldade de identificar e inferir o que sentem e pensam aqueles que os rodeiam a não ser que essas emoções sejam claramente ilustradas e demonstradas.
Então o diagnóstico da Síndrome de Asperger, assim como a grande parte dos diagnósticos na área da psicologia, devem seguir as recomendações encontradas no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, na sigla em inglês). É sempre importante considerar para isso a última versão publicada do material na qual a Síndrome de Asperger e o Autismo passam a pertencer ao Transtorno do Espectro Autista, ou TEA, como já foi falado anteriormente aqui. Anteriormente haviam três grupos de sintomas mas segundo esse material, agora são necessários somente dois diferentes grupos de sintomas para que o profissional em psiquiatria, juntamente com um pediatra, possa efetuar o diagnóstico preciso dessa patologia. Isso por que os sintomas de comunicação social e os sintomas de interação social foram agrupados e agora formam um grupo só. Veja então quais são os grupos de sintomas que são considerados na avaliação: Ÿ Apresentação de um determinado padrão repetitivo e limitativo de interesses, atividades e comportamentos A insistência em uma determinada atividade muito focada, o gosto por rotinas e padrões de comportamento, estereotipias, interesses muito específicos e talvez até incomuns, hipo ou hiperatividade a estímulos sensoriais.
ŸDificuldade de comunicação e de interação social Nesse critério é avaliado o déficit ou dificuldade no que diz respeito a reciprocidade das interações sociais. Também são considerados dificuldades nos comportamentos não verbais bem como a dificuldade de manter um diálogo, uma conversação ou mesmo um relacionamento. Especialistas ainda afirmam que, como em qualquer outra patologia, quanto antes o diagnóstico for feito melhor será para a criança. Isso por que uma intervenção logo cedo e que envolva a formação social e educacional é fundamental enquanto o cérebro ainda está em desenvolvimento. Uma dúvida muito presente ainda quando o assunto é a Síndrome de Asperger é sobre essa troca ocorrida no DSM. A dúvida que permanece é se os pacientes que já foram diagnosticados com a Síndrome de Asperger respeitando os critérios anteriores têm que passar por um novo exame para uma reclassificação ou se o seu diagnóstico será mantido.
Como tratar a Síndrome de Asperger?
Conforme já foi falado aqui anteriormente a Síndrome de Asperger, embora possua pontos em comum, apresenta um padrão de comportamento que se difere consideravelmente de uma criança para a outra. Por esse motivo não há um tratamento típico ou exato que possa ser prescrito. Então dependendo das habilidades de cada criança bem como dos seus pontos fracos e dos seus pontos fortes e do seu histórico de desenvolvimento é possível aplicar ações específicas a fim de melhorar e desenvolver habilidades que apresentam déficits. Veja alguns dos tratamentos dos quais as crianças com Síndrome de Asperger podem se beneficiar: ŸTreinamento de suas habilidades sociais ŸEducação especializada ŸTerapia da linguagem ŸTreinos de interação sensorial geralmente aplicados aos mais novos. Pode ser aplicado em crianças que mostram-se insensíveis à estímulos. ŸTerapia cognitiva e psicoterapia de comportamento para crianças com mais idade.

 Tratamento multidisciplinar para Síndrome de Asperger

Visto então que cada criança é única e que essa patologia acomete cada uma de uma maneira específica não há nada melhor do que um tratamento multidisciplinar para otimizar os resultados e o desenvolvimento da criança. Por isso integrar neuropsicólogos, pediatras e fonoaudiólogos, psicopedagogos é a melhor solução, sempre de acordo com aquelas limitações identificadas na criança, claro. O interessante é que o tratamento seja pensado como uma medida a longo, prazo visto que se está tratando de um distúrbio crônico, buscando transmitir para a criança as habilidade e demais recursos necessários para que ela consiga melhorar e desenvolver-se. Vale ainda ressaltar que a utilização de medicamentos não acontece diretamente para o tratamento da Síndrome de Asperger e sim para tratar algumas manifestações decorrentes da patologia assim como depressão, irritabilidade e também ansiedade. A importância do tratamento para a Síndrome de Asperger, por sua vez, é muito grande. Isso por que um indivíduo pode chegar a vida adulta mas certamente apresentará sérios problemas de relacionamento tanto na vida pessoal como na profissional e também escolar. Além disso a ausência de tratamento aumenta o risco do aparecimento de outros problemas como o Transtorno Bipolar.
Assim sendo quanto mais cedo acontecer o diagnóstico e quanto mais preciso ele for, assim como o tratamento, maiores são as possibilidades de a criança portadora da síndrome ter um comportamento saudável, flexível, independente e sociável. É importante também que mesmo com profissionais de diferentes áreas trabalhando para o desenvolvimento das habilidades da criança com AS as ações sejam conjuntas e que um profissional saiba o que o outro está fazendo. Muitas vezes os pais tem que atuar como gestores e ajudar no direcionamento dos profissionais para que haja uma interação, mesmo que indireta, entre eles. Além disso é extremamente importante envolver também as pessoas que fazem parte do universo da criança tais como babás, amigos da família e parentes próximos. Não subestime a importância de montar um tratamento adequado para a criança e envolva todos os profissionais possíveis e necessários para que isso seja feito da melhor maneira.

 Como agir com a suspeita da Síndrome de Asperger?
Se você identificou em seu filho qualquer um dos sintomas típicos da doença já apresentados aqui não há nada melhor do que buscar uma ajuda profissional. É fundamental que a criança passe por um profissional da área da saúde mental bem como outros profissionais que possam ajudar nesse diagnóstico. Saiba que quando o seu filho é avaliado por um profissional ele passa por uma avaliação psicossocial profunda. Nessa avaliação está incluído um cuidadoso histórico do reconhecimento dos sintomas, de desenvolvimento motor dele, dos padrões de linguagem bem como dos demais aspectos do seu comportamento. Essa avaliação das atividades da criança incluem as suas atividades prediletas, as suas preocupações, os seus hábitos diários e muitos outros pontos importantes para o diagnóstico. Entretanto, a maior ênfase desse processo de avaliação será sobre o desenvolvimento social da criança e isso inclui tanto os problemas presentes como os problemas passados da no que diz respeito ao estabelecimento de relações de amizade e de interação com os demais. Não há motivo para desespero dos pais. Essa avaliação nada mais é do que um meio de identificar as habilidades comunicativas da criança estabelecendo seus pontos fracos e fortes.
O melhor mesmo é encarar a situação de frente e realizar todos os procedimentos necessários de forma mais rápida possível para obter um diagnóstico. Com o diagnostico em mãos então é possível passar a orientar as atividades da criança para que ela tenha um desenvolvimento pleno e saudável, sem maiores problemas. Além disso tudo é sempre muito vantajoso dividir com alguém da família o problema. Lembre-se que não é possível ajudar a criança se você não está sendo capaz nem mesmo de nutrir as próprias necessidades emocionais.

Como ajudar a criança com Síndrome de Asperger

Obviamente não há nada melhor do que buscar a orientação dos profissionais que estão fazendo parte do tratamento do seu filho para ter um direcionamento mais preciso sobre o caso específico dessa criança. Mesmo assim existem algumas dicas que são essenciais e podem ajudar muito aos pais que ainda se sentem inseguros a respeito da forma como devem encaminhar toda a situação. A primeira coisa que você pode fazer é ensinar a criança com AS a ser independente oferendo a ele situações nas quais ele possa botar essa habilidade em prática, claro, sempre com a devida supervisão. Entenda também que nem sempre é claro que a criança possui alguma necessidade especial e é por isso que, como pais, é fundamental que haja esse tipo de esclarecimento quando necessário como para médicos e professores. Também não desanime na busca pelo tratamento ideal. É preciso escolher um tratamento a longo prazo e que foquem especificamente nas necessidades do seu filho. Somente assim será possível para a criança desenvolver as habilidades deficitárias. Como ajudar a criança com Síndrome de Asperger Caso haja dúvida sobre o andamento do tratamento saiba que a ASA (Sociedade Americana de Autismo) recomenda que as famílias das crianças busquem sempre o apoio do diretor do programa a fim de melhor determinar se o programa realmente atende a criança em questão e se aborda suas questões específicas. Os pais também não devem nunca esquecer que a criança faz parte do núcleo familiar e que todas as necessidades da criança deve estar em equilíbrio com as necessidades dos demais integrantes dessa família. Como ajudar a criança Caso haja dúvida sobre o andamento do tratamento saiba que a ASA (Sociedade Americana de Autismo) recomenda que as famílias das crianças busquem sempre o apoio do diretor do programa a fim de melhor determinar se o programa realmente atende a criança em questão e se aborda suas questões específicas. Os pais também não devem nunca esquecer que a criança faz parte do núcleo familiar e que todas as necessidades da criança deve estar em equilíbrio com as necessidades dos demais integrantes dessa família.

Como lidar com uma criança com Síndrome de Asperger
Conforme já foi dito aqui inúmeras vezes cada criança é única e possui talentos e déficits específicos não havendo como estabelecer um padrão. O que é muito comum é que os pais, ao identificarem uma aptidão no filho, acabem incentivando-a demais criando algo conhecido como “ilhas de habilidades”. O problema fica ainda maior no caso das crianças portadoras da Síndrome de Asperger pois esse tipo de ação intensifica ainda mais o interesse focado e restrito dela aumentando o isolamento comportamental desse indivíduo. Isso acaba tornando-o menos flexível quando exposto a novos assuntos ou temas. Pensando justamente em prestar um auxílio ao desenvolvimento das capacidades múltiplas das crianças que possuem SA existem alguns itens que são importantes para quem convive com essa situação. ŸBusque sempre a diversificação dos focos de interesse tentando fazer com que o paciente valorize e dê importância a temas variados, aumentando suas habilidades diminuindo o foco sobre o comportamento restritivo ou repetitivo. ŸEstimule, através de treinamento, o compartilhamento e reconhecimento de expressões faciais e também de emoções a fim de melhorar o prognóstico social dessa criança com SA.
 ŸO diálogo também é fundamental sempre e treinar o “falar olhando” ajuda a desenvolver a habilidade de intencionalidade comunicativa. ŸNão critique o interesse específico da criança com Síndrome de Asperger mas apresente diferentes opções com ela. Uma dica é fazer uso desse interesse inicial para interagir sobre outros temas. Lembre-se ainda que paciência é fundamental durante o tratamento pois por muitas vezes, devido a sua falta de certas habilidades, a criança pode acabar sendo mal interpretada. Essa má interpretação pode resultar em um desentendimento e consequentemente um quadro de isolamento social ainda maior podendo evoluir para um caso de depressão.


Um pouco mais sobre a Síndrome de Asperger

Essa patologia foi nomeada graças ao pediatra vienense chamado Hans Asperger, que no ano de 1944 descreveu pela primeira vez na história o conjunto de padrões comportamentais apresentados por alguns de seus pacientes, predominantemente do sexo masculino. Em seus estudos o doutor constatou que as crianças apresentavam o desenvolvimento da linguagem e a inteligência normais mas possuíam um comprometimento grave na capacidade de comunicação, nas habilidades sociais e também no que dizia respeito a coordenação motora. De acordo com a Asperger Syndrome Coalition of the United States, ainda é possível que essa patologia só se manifeste mais tarde do que o típico autismo ou então que só seja identificado mais tardiamente. Embora muitas crianças tenham seu diagnóstico já logo após os três anos de idade a maioria só é realmente diagnosticada mas tarde, entre os 5 e 9 anos de idade. É importante dizer também que as crianças portadores dessa síndrome são totalmente capazes de levar uma vida diária normal porém com uma tendência mais forte à imaturidade social. Por isso acabam se relacionando de forma melhor com pessoas adultas do que com os seus pares. É por isso também que muitas vezes são considerados estranhos ou um tanto quanto excêntricos.

Um pouco mais sobre a Síndrome de Asperger

A doença então, segundo especialistas segue continuamente de quem a desenvolve e dura por toda a vida. O que pode acontecer é que os sintomas aumentem ou diminuam no decorrer da vida. Por esse motivo é que o diagnóstico e o tratamento precoce podem ser fundamentais para uma criança que possui essa patologia.

Visão geral da Síndrome de Asperger: origem, histórico epidemiologia
Em uma visão geral a Síndrome de Asperger nada mais é do que um transtorno neurobiológico que se enquadra dentro dos transtornos conhecidos como transtornos globais do desenvolvimento. Embora o primeiro estudo sobre a síndrome tenha sido feito pelo psiquiatra austríaco Hans Asperger há bastante tempo o reconhecimento internacional da patologia veio somente no ano de 1994, quando ela foi finalmente incluída no DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Uma curiosidade é que essa Síndrome foi, por muitos e muitos anos, considerada como uma condição relacionada ao autismo, porém sempre considerando ambos como condições distintas. Entretanto foi somente em maio do ano de 2013 que que certas mudanças importantes foram feitas através da quinta edição do DSM-V. Algumas dessas importantes mudanças, por exemplo, foram a alteração dos nomes de certas doenças e condições já conhecidas e também novos diagnósticos. Já no que diz respeito diretamente à Síndrome de Asperger ela foi agrupada a uma nova terminologia médica, juntamente com o autismo, passando a fazer parte do grupo TEA, ou Transtorno de Espectro do Autismo, no DMS. Essa nova definição faz com que a síndrome então passe a ser considerada como uma forma

 Visão geral da Síndrome de Asperger: origem, histórico epidemiologia

menos severa de autismo. Assim os pacientes podem ser diagnosticados analisando somente os graus de comprometimento tornando o diagnóstico ainda mais completo. Vale lembrar que diferentemente do que acontece no autismo clássico, os portadores da Síndrome de Asperger não apresentam nenhum tipo de comprometimento do intelecto ou na sua capacidade cognitiva. Essa é uma das razões que leva a maioria dos pais a ignorar os primeiros sinais ou sintomas dessa síndrome que são muitas vezes confundidos com temperamento ou características da personalidade do paciente. Já no que diz respeito ao número de portadores dessa doença ou condição ainda não há uma contagem exata justamente pelo fato de a doença só ter sido reconhecida como um TEA recentemente. O que é importante ressaltar é que os meninos apresentam uma propensão de três a quatro vezes maior do que as meninas de serem acometidos pela Síndrome de Asperger. O que acontece é que casos menos intensos da doença estão agora sendo identificados com mais facilidade e isso faz com que os números pareçam estar aumentando. Entretanto as estimativas mostram que a sua ocorrência é bem mais comum do que se imaginava afetando uma entre cada 250 crianças. Esses números variam bastante de acordo com o país e nos Estados Unidos o número cai drasticamente para uma em cada 10 mil crianças

Causas da Síndrome de Asperger

Assim como o Transtorno de Espectro do Autismo, o TEA, a Síndrome de Asperger tem suas causas ainda desconhecidas. Entretanto existem linhas que acreditam que a patologia possa ser causada por alguma anormalidade no cérebro da criança. Assim sendo acredita-se que a causa da Síndrome de Asperger pode ser causada por anormalidades cerebrais visto que existem diferenças na estrutura e no funcionamento de certas regiões específicas do cérebro. Também é possível que haja algum padrão hereditário na AS pois existem pesquisas que indicam que em alguns casos ela pode estar diretamente associada a doenças ligadas à saúde mental. Essas doenças de saúde mental podem ser o transtorno bipolar e a depressão então podem ter relação direta com a Síndrome de Asperger e com o TEA bem como a combinação de genes e também fatores ambientais, segundo sugerem algumas pesquisas. Entretanto, diferentemente do que se pensa, a Síndrome de Asperger não tem qualquer relação com privação emocional ou pela forma como os pais educam ou disciplinam os filhos. Um ponto que sempre posto em evidência nos estudos sobre a Síndrome de Asperger é que também não depende de fatores sociais, circunstância econômicas ou a qualquer tipo de falha própria. A Síndrome de Asperger é uma patologia neurobiológica cujos fatores causadores ainda não são completamente conhecidos.

Quais são os sintomas da Síndrome de Asperger

Assim como qualquer outra doença os sintomas da Síndrome de Asperger podem apresentar variações de acordo com a pessoa que possui além de também variarem muito de intensidade ou mesmo gravidade. Entretanto existem alguns sintomas mais comuns que são mais facilmente identificados na maioria dos casos já diagnosticados. Veja quais são esses sintomas: ŸRituais É muito comum que as crianças que apresentam essa síndrome desenvolvam rituais os quais se neguem a alterar. Essas práticas podem ser as mais variadas tais como banhar-se lavando os membros sempre na mesma ordem ou vestir-se sempre na mesma sequência, por exemplo. ŸInteresses limitados As crianças portadoras dessa patologia comumente desenvolvem um interesse bem intenso, chegando quase a uma obsessão, por um determinado assunto, se interessando muito pouco ou nada por demais temas que fujam do foco escolhido. O foco do interesse pode ser sobre carros, mapas, clima, robótica ou qualquer outro assunto.

Quais são os sintomas da Síndrome de Asperger

YHabilidades sociais Conforme já falado aqui anteriormente é comum que as crianças portadoras da Síndrome de Asperger apresentem dificuldades de interação sendo comum que se portem de uma maneira tida como estranha em certas situações de sociabilização. Essas crianças apresentam dificuldades em fazer amigos pois não têm facilidade em iniciar ou mesmo manter uma conversação com outra pessoa. ŸComportamento repetitivo ou atípico Essa condição costuma fazer com que seus portadores desenvolvam comportamentos anormais que podem envolver movimentos repetitivos tais como estralar os dedos ou torcer os punhos. ŸTalentos É muito comum que as crianças portadoras da Síndrome de Asperger sejam extremamente inteligentes e possuam algum talento especial em uma determinada área do conhecimento como matemática ou mesmo música.

Quais são os sintomas da Síndrome de Asperger

ŸCoordenação motora As crianças que têm a Sindrome de Asperger podem apresentar falta de coordenação parecendo desajeitadas o que normalmente causa muito constrangimento para os mesmos. ŸComunicação comprometida As crianças portadoras dessa patologia podem apresentar dificuldade de estabelecer contato visual ao falar com uma pessoa. Além disso ainda possuem dificuldade na gesticulação e com a utilização de expressões faciais. Por isso apresentam uma linguagem corporal particular. Assim como a dificuldade de utilizar as expressões faciais as crianças portadoras dessa síndrome também apresentam dificuldade de interpretá-las. Além disso é comum que essas crianças seja muito literais no uso da linguagem apresentado certa dificuldade com a linguagem e expressões no sentido figurado. É muito importante ressaltar ainda que não existe, atualmente, uma cura para a Síndrome de Asperger. Entretanto a maioria dos portadores dessa patologia conseguem levar uma vida plena ainda mais quando a criança conta com recursos educacionais reforçados e direcionados para a sua condição.


Dificuldade na identificação dos sintomas

Embora o TEA seja definido justamente pela presença de certos déficits persistentes no que diz respeito a interação e comunicação em diversos contextos existe uma certa dificuldade na identificação dos sintomas, principalmente pelos pais. Isso por que é comum que os portadores da patologia apresentem um QI com níveis acima dos normais. Além disso eles normalmente possuem um vocabulário extenso, bem desenvolvido e com palavras rebuscadas o que acaba gerando nos pais a ideia de que os filhos são superdotados. Além disso o interesse restrito e exagerado por apenas um assunto, como aviões, carros ou robôs é outra característica importante e frequentemente ignorada ou mal interpretada pelos parentes do portador que acabam muitas vezes, mesmo sem querer, incentivando essa restrição do interesse até mesmo por meio de presentes ou abordagens que valorizam bastante o tema. Outra característica bem forte dos portadores da Síndrome de Asperger é que tendem a ser muito inflexíveis principalmente no que diz respeito a regras prendendo-se muito a elas. Isso faz com que não consigam agir de maneira flexível de acordo com a necessidade de cada situação. Desse modo pode-se dizer que as crianças portadoras da Síndrome de Asperger possuem dificuldade de sociabilização, podem apresentar tiques, ou ações motoras repetitivas, interesse limitado e intenso por poucos ou somente um determinado assunto além de uma linguagem mais rebuscada.

Dificuldade na identificação dos sintomas

Esses são então os principais fatores que devem ser observados para o diagnóstico dessa patologia e estão presentes já desde os primeiros anos de vida da criança. É por isso que imensamente importante ficar sempre atento a qualquer tipo de comportamento que possa parecer estranho, diferente ou fora do padrão. Além disso questionar-se sobre o que é um comportamento aceitável e o que pode ser parte de um distúrbio é fundamental para um diagnóstico precoce

AUTISMO NA FAMÍLIA: ENVOLVIMENTO DO PAI É FUNDAMENTAL PARA A SAÚDE MENTAL DA MÃE NOS CASOS DE AUTISMO

Estudos mostram que quando a mãe recebe apoio do pai, o ambiente melhora tendo maiores recursos emocionais.


Sabemos como uma notícia de uma criança com Autismo na família pode desestruturar toda a organização familiar. Sabendo disso pesquisadores resolveram estudar o impacto das relações familiares. Assim estudos acham que o engajamento paterno junto ao bebê é particularmente importante para a saúde mental da mãe quando a criança desenvolve autismo. Em entrevista ao Maternal and Child Health Journal , os pesquisadores mostraram associações entre o estilo de cuidado do pai quando um bebê tinha 9 meses e o aparecimento de sintomas maternos de depressão quando seu filho chegou aos 4 anos. Estes seguiram os pais de 3.500 crianças, incluindo crianças com TEA e 650 crianças com outros transtornos de desenvolvimento. Eles constataram que mães de crianças com TEA relataram muito menos sintomas de depressão quando seu filho tinha 4 anos no contexto onde os pais se envolveram muito mais nos cuidados e tiveram uma conduta mais ativa na condução compartilhada desta criança como acalmar o bebê ou levá-lo junto da mãe ao médico. Por outro lado, os pesquisadores não viram diferenças significativas no comportamento da mãe nos casos onde a criança era neurotípica ou em caso de outros transtornos do desenvolvimento.



O envolvimento do pai nos cuidados de uma criança com TEA pode ser especialmente fundamental quando comparado com outras condições pois pesquisas prévias tem evidenciado que mães de autistas tem maior risco de estresse elevado, depressão e ansiedade do que outras mães.



A pesquisa traz implicações muito importantes mostrando como a mãe, sozinha, não tem plenas condições emocionais de dar conta de suprir as necessidades de seu filho com TEA. O casal, unido, tem maiores recursos emocionais . Além do mais, a pesquisa reflete , indiretamente, que o envolvimento de mais componentes da família (avós, tios, madrinhas, primos, etc.) tem papel significativo na estabilização de um ambiente mais confortável para a mãe ao ser confrontada com o desafio de conduzir seu filho com TEA.

(http://entendendoautismo.com.br/artigos/autismo-na-familia-envolvimento-do-pai-e-fundamental-para-a-saude-mental-da-mae-nos-casos-de-autismo/)

MEDICAÇÕES PARA AUTISMO PODEM ATUAR EM GENES ESPECÍFICOS QUE ESTÃO RELACIONADOS COM SUBTIPOS DE TEA

Descobertas recentes podem contribuir para compreender como medicações para autismo conhecidas agem nas diferentes formas de TEA apesar das pesquisas ainda estar em fase de testes

Muitas pesquisas sobre medicações para autismo estão sendo feitas, atualmente as pesquisas tem-se debruçado em relacionar estruturas genéticas com princípios farmacológicos. Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte tem relacionado as modificações genéticas existentes no Autismo com a severidade de sua apresentação clínica e médica tentando assim desenvolver medicações mais personalizadas. Estes achados estão disponíveis no periódico Cell.



Estas pesquisas e estes achados tem sido apoiados por várias instituições de renome nos EUA como o NIH (equivalente ao Ministério da Saúde de lá) e fundações para o estudo de doenças genéticas, como a da Síndrome de Angelman.



O neurobiólogo Mark Zylka e sua equipe demonstraram que um gene específico ligado ao Autismo, quando modificado, interfere na ação de uma enzima importante, a UBE3A, removendo uma molécula desta a base de fosfato. Esta, portanto, perde o controle de sua atividade e desestabiliza a regulação de mecanismos importantes para o desenvolvimento da funcionalidade cerebral.



Esta alteração faz com que a UBE3A fique hiper-excitada e descontrolada direcionando o desenvolvimento cerebral para um estado autístico.



Tal estudo foi realizado em linhagens de células humanas e em modelos de células de ratos.



QUAL O IMPACTO DESTA DESCOBERTA NO TRATAMENTO DO TEA ????



Bem, neste contexto, os pesquisadores identificaram a proteína que interliga o fosfato ao UBE3A: a proteína Quinase A ou o PKA. Este achado tem implicações no tratamento porque existem várias medicações que podem aumentar ou diminuir a PKA no corpo.

Tais medicações para autismo estão implicadas no tratamento de síndromes que estão relacionadas ao Autismo, especialmente naquelas condições que levam a epilepsia e severos comprometimentos físicos e intelectuais.

Estes pesquisadores acham que podem, ao manipular o PKA, neutralizar a enzima UBE3A nestes pacientes e restaurar os seus níveis de normalidade no cérebro podendo implicar numa modificação do comportamento autístico.

Uma destas drogas, o rolipram – que já foi utilizada para depressão mas abandonado devido aos efeitos colaterais – pode ser , assim, em doses menores e seguras, ser utilizada para este fim.

A identificação de populações definidas geneticamente correlacionando as mutações com o perfil de seu tipo de autismo pode ser um primeiro grande passo para acertar o alvo do cerne do problema por meio de terapias farmacológicas mais específicas. Isto proporciona uma maior especificidade no tratamento e grandes possibilidades de sucesso ao neutralizar o que deve realmente ser neutralizado e melhorar os sintomas do autismo daquela determinada criança.

É sempre bom lembrar que todos os dados aqui apresentados estão em fase de testes e pesquisas.

parte da página da Neuro Saber.
(http://entendendoautismo.com.br/artigos/medicacoes-para-autismo-podem-atuar-em-genes-especificos-que-estao-relacionados-com-subtipos-de-tea/)

AUMENTO DE CASOS DE AUTISMO, EXISTE UMA EPIDEMIA?


O aumento de casos de autismo nos leva a um questionamento: será que existe uma epidemia de casos de Autismo?
Atualmente existem um aumento de casos de Autismo. Segundo o dicionário, epidemia significa “agravação de um fenômeno, de um comportamento, de ações; aumento fora do comum do número de pessoas contaminadas por uma doença em determinada localidade e/ou região”, entre outras definições. Toda a condição epidêmica deve, na medicina, acender sinal de alerta e acionar estudos e pesquisas para contorná-la ou extirpar a causa. As epidemias mais famosas remontam `as doenças infecciosas e condições associadas ao estilo e hábitos de vida. Dentre os distúrbios neuropsiquiátricos, vem chamando atenção dos profissionais da saúde uma possível epidemia nos casos de Autismo. Mas será que isso é verdade?

Nos Estados Unidos, da maneira como o diagnóstico de autismo é feito, constatou-se que aumentou três vezes o número de casos nos últimos anos. Mas, segundo pesquisadores, essa realidade não pode ser levada ao pé da letra. Quando se fala em epidemia de autismo, entende-se que um número muito maior de crianças está nascendo autista. Mas não é verdade. Acontece que mais pessoas/crianças com deficiência intelectual ou com menor desempenho no desenvolvimento mental com sintomas de transtornos neuropsiquiátricos estão sendo classificadas como autistas.

Em 1957, nos Estados Unidos, uma pessoa em cada cinco mil era considerada autista. Já em 2002, uma em cada 150 era diagnosticada com autistas. Dez anos depois, em 2012, os números subiram ainda mais, mostrando uma pessoa autista em cada 68. Hoje, a proporção está em 1 para 51 !! Essas informações foram divulgadas pelo Centro Norte-Americano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Várias suspeitas, em tempos, vem recaindo em fatores do ambiente como possíveis responsáveis por uma hipotética epidemia, como as vacinas, alimentos industrializados, venenos organofosforados aplicados na agricultura, presenca de fungos intestinais, glúten e/ou lactose na alimentação, etc. As evidências científicas, no entanto, nada concluem acerca destes fatores e, em recente artigo de retratação, publicado no The Lancet, a comunidade científica descartou que as vacinas normalmente administradas tivessem qualquer relação com o desencadeamento do autismo na infância. Por outro lado, verifica-se cada vez mais que o Autismo está relacionado a outras condições ambientais como prematuridade (abaixo de 35 semanas), baixo peso ao nascer (abaixo de 2.500 g) e idade materna/paterna ao conceber um filho acima de 40 anos, além de fatores de natureza genética, como: história familiar de autismo, TDAH, transtornos afetivos, esquizofrenia e deficiência intelectual ou pais com TEA. O aumento normal da população geraria, portanto, aumento do nascimento de autistas por extensão por meio da hereditariedade.

Outro dado estatístico curioso é a predominância do TEA nas crianças do sexo masculino, na ordem de 4:1, evidenciando a relação maior desta condição com aspectos genético-biológicos. Outrossim, o aparecimento mais comum de epilepsia (risco de 20-30x maior do que na população geral), distúrbios alimentares, transtornos neuropsiquiátricos (grande associação com TDAH) , malformações cerebrais e síndromes genéticas intensificam ainda mais esta impressão. Mesmo assim, muitas pesquisas ainda em sido empreendidas – e com toda razão – com a finalidade de se tentar identificar um fator ambiental que esteja contribuindo para os aumentos dos índices desta condição tão deletérica para o desenvolvimento infantil mas sem resultados cientificamente convincentes. A retirada de glúten e da lactose da alimentação tem se mostrado levemente convincente em alguns casos. O tratamento com recursos biológicos como quelantes, anti-fúngicos e uso de complexos vitamínicos vem resultando em melhora de alguns sintomas mas sem redução eficaz quando comparado a outras abordagens no conjunto das crianças.
Muitos casos estão sendo Diagnosticados como Autismo realmente são?

Por outro lado, neste sentido, de acordo com pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, a reclassificação de pessoas para o grupo de autistas – sendo que antes eram consideradas apenas indivíduos com distúrbios neurológicos – gerou a falsa ideia de epidemia, já que, na realidade, não houve um aumento real na taxa de novos casos de autismo. Instituições respeitáveis como a Academia Americana de Pediatria, Academia Americana de Psiquiatria, a Organização Mundial de Saúde e a National Institute Health (o Ministério da Saúde dos EUA) reconhecem tais conclusões. Ao analisarem dados referentes a 11 anos de estudos sobre a matrícula de autistas na educação especial escolar, os pesquisadores americanos calcularam uma média de 6,2 milhões de crianças por ano. Durante a década, não foi encontrado nenhum aumento generalizado de um transtorno específico no número de estudantes matriculados na educação especial. Em contrapartida, o aumento dos estudantes diagnosticados com autismo, matriculados na educação especial, foi compensado proporcionalmente pela redução equiparada de alunos com outras deficiências intelectuais. Nesta população, por muito tempo, pouco se valorizou o espectro dos sintomas autísticos associadas a estas condições e, atualmente, a atualização vem trazendo novos diagnósticos. Esta reclassificação, aparentemente ruim, tem permitido, com o diagnóstico, a revisão das estratégias outrora aplicadas e o remanejo de abordagens.

Os estudos concluem, até o momento, que a possível epidemia de autismo, na verdade, não passou de uma mudança nos critérios e avaliação para fazer o diagnóstico. Enfim, toda esta discussão corrobora cada vez mais com a opinião de muitos pesquisadores e dos cuidadores destas crianças os quais tem insistido na idéia de que é mais importante buscar meios de prevenção e intervenção precoce para mitigar os sintomas e os problemas cognitivos dos TEA do que esperar, a prazo indeterminado, a descoberta de sua causa.

(http://entendendoautismo.com.br/artigos/aumento-de-casos-de-autismo-existe-uma-epidemia/)