quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

AUTISMO

O termo Autismo vem do Grego Autós, significa algo como

“por si mesmo”

O Autismo, também chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) que tem influência genética.

É causado por defeitos em partes do cérebro, como o cerebelo, trata-se de um distúrbio neurológico caracterizado por comprometimento da interação social, da comunicação verbal e não verbal, comportamento restrito e repetitivo.

Isso se deve ao fato do autismo não ser uma “doença única”, mas sim centenas de “doenças” diferentes com uma expressão clínica comum.

Estima-se que 67 milhões de indivíduos em todo o Mundo sejam afetados pelo Autismo, sem distinção de raça, religião, etnia ou cor. Na maioria dos países o Autismo é mais comum que doenças oncológicas, diabetes e HIV juntos.

O autismo é um transtorno infantil que pode acontecer mais em meninos que nas meninas. Acomete até 1 % da população  e existem vários graus e tipos de autismo.

Tipos de Autismo: O autismo poderá estar associado a diversas síndromes como: Síndrome de Asperger, Síndrome X Frágil, Síndrome de Rett, Distúrbio Obsessivo – Compulsivo Deficiência mental - leve, moderada ou severa, etc.

Vivemos numa sociedade onde faltam informações sobre o TEA, além de ser de suma importância a conscientização da sociedade, deve-se atentar aos primeiros diagnósticos.

Muitas pessoas perguntam o autismo tem cara? O Autismo não tem cara, não há diferenciação física como temos com a síndrome de down.

O diagnóstico precoce é fundamental para estimular crianças na comunicação e socialização e quando a intervenção é realizada em crianças menores de 03 anos a melhora é de 80%, aos 05 anos cai para 70% e acima disso fica muito prejudicada.

O autismo não aparece em exames de rotina, não é apontado no teste do pezinho, nem mesmo em ressonâncias ou tomografias.

Quando identificado alguma alteração, os pais são orientados a procurar um profissional com formação em medicina como neuropediatra ou psiquiatra, que estão aptos a fazerem o diagnóstico que é totalmente clínico, cabendo à tarefa de identificar o autismo com base em avaliações clínicas, sendo necessário uma série de informações para diagnóstico.
Alguns sinais e sintomas presentes no autismo, mas que devem ser acompanhados por um especialista: se seu filho não olha em seus olhos, ao mamar não mantém nenhum contato visual, não fala, tem movimentos repetitivos, muitas vezes a fala apresenta ecolália (criança repete palavras ou sons), se interessa por objetos giratórios, não apresenta sensibilidade, pois muitas crianças e adultos autistas têm hipersensibilidade, já outros não assim, como alguns não sentem frio, nem querer colocar roupas de frio, já outros não sentem dor.
Outros casos, tem mania de coleção de objetos que gostam, alguns apresentam dificuldade com alimentação, outros não podem comer glúten, pois aumenta o grau de agressividade, muitos têm audição sensível consegue captar sons á distância, outros não.
O autismo é uma disfunção crônica, o tratamento exige medidas variadas e individualizadas caso-a-caso, de modo geral, a criança precisa de uma equipe multidisciplinar com abordagem clínica, pedagógica, psicopedagógica e muitas vezes de terapias a fim de inibir os comportamentos disfuncionais e desenvolver suas habilidades mais adaptativas. Cabe ao psicopedagogo clínico selecionar materiais estimulantes que são funcionais e interessantes para a criança autista.
Cabe a um psiquiatra ou neurologista infantil a tarefa de identificar o autismo com base em avaliações clínicas.
Existem programas especializados para o tratamento do autismo como terapia ABA, métodos PECS, e o método TEACCH que é um projeto que tenta responder às necessidades do autista em habilitar essas pessoas a se comportar de forma tão funcional e independente quanto possível.
É sabido que nos EUA estudos e pesquisas tentam identificar o Autismo através de DNA.
Escrito por Ericka Vanessa de Andrade, Formada em Pedagogia, Artes e Psicopedagogia Institucional. CBO 239425.